palestrantes confirmados

Hélio Ricardo da Silva

Sou professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro com atuação tanto no curso de graduação em Ciências Biológicas, quanto na pós-graduação. Durante minha formação consegui me dedicar á pesquisas em História Natural de anfíbios, Anatomia Comparada, Sistemática e Biogeografia de anfíbios e répteis. A maior parte dos meus trabalhos é dedicado aos estudos de anfíbios da Mata Atlântica. Durante a graduação desenvolvi uma paixão por anfíbios que utilizam bromélias e tenho alguns trabalhos com grupos que vivem nos ambientes disponibilizados por essas plantas. O de maior destaque envolve a descoberta de que a perereca Xenohyla truncata (Hylidae) inclui em sua dieta frutos e pode ser responsável pela dispersão de sementes das plantas que utiliza como alimentos. Mais recentemente tenho me dedicado a estudos morfológicos de girinos e adultos de Cycloramphidae e Bufonidae utilizando além de métodos tradicionais, tecnologia de Ct-Scan, além disso, sigo com estudos de História Natural e Sistemática.

Ana Lúcia da Costa Prudente

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (1989), mestrado em Biociênciapela PUC – RS (1993), doutorado em Zoologia pela UFPR (1998) e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é pesquisador titular do MPEG, e atua como professora orientadora do Curso de pós-graduação em Zoologia (PPGZOOL), em convênio com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e no programa em Biodiversidade e Evolução (PPGBE) do MPEG. Possui bolsa de produtividade do CNPq. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Sistemática, Taxonomia e Biogeografia de Répteis, atuando principalmente nos seguintes temas: Serpentes, Amazônia, Morfologia, Sistemática e Biologia. Foi Coordenadora do Projeto PT1 da REDE Amazônia CTPETRO, desde 2004. Vice-Coordenadora do PPGZOOL (mestrado e Doutorado) MPEG/UFPA por dois mandatos: junho de 2008 a junho de 2010; e em março de 2020 a junho de 2022. Coordendora PPGZOOL no período 2010-2012. Chefe da Coordenação de Zoologia do MPEG 2015-2018. Vice-coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação (COPPG) do MPEG 2016-2018. Curadora da coleção herpetológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) desde 2000. Membro do Comitê Assessor CA-Zoologia do CNPq. Mãe de dois filhos (de 18 e 21 anos)

Adam Stow

É um biólogo de conservação que utiliza dados genômicos e ambientais para responder a questões em gestão de conservação, ecologia e evolução. Seu trabalho busca entender os processos ecológicos e evolutivos que influenciam a persistência das populações animais. Ele investiga como as atividades humanas alteram a dispersão animal e as consequências da redução da variação genética. Stow tem interesse em como mudanças na variação genética e na demografia podem alterar o comportamento social e, consequentemente, influenciar a dispersão e o fluxo gênico. Seu grupo trabalha com diversos organismos vertebrados e invertebrados, em variados ambientes ao redor do globo, incluindo a floresta amazônica.

Luis M. P. Ceríaco

Herpetólogo e historiador da ciência, atualmente pesquisador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO/InBIO) da Universidade do Porto (Portugal), onde lidera o grupo de investigação NATHIST – Natural History, Taxonomy and Collections. É ainda pesquisador associado do setor de herpetologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do setor de anfíbios e répteis do Carnegie Museum of Natural History. As suas linhas de pesquisa principais incidem sobre a sistemática, taxonomia e biogeografia de anfíbios e répteis africanos, história da zoologia luso-brasileira e na gestão de coleções de história natural. Já descreveu mais de 40 taxa de vertebrados novos para a ciência e é comissário da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica. Têm em curso projetos de pesquisa em Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Brasil. Quando não está no campo ou num museu, gosta de ler livros e passear a sua cadela.

Carlos Guilherme Becker

Professor na Penn State University (EUA) e referência em estudos sobre mudanças globais e suas consequências para a biodiversidade tropical. Sua pesquisa foca nos impactos do desmatamento e das mudanças climáticas na dinâmica de doenças emergentes. Gui é amplamente reconhecido pelo conceito de “habitat split”, que investiga como a fragmentação de florestas tropicais compromete a conectividade entre diversos habitats essenciais, afetando a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Outro foco central de sua pesquisa é o precondicionamento do microbioma dos anfíbios, que investiga como exposições repetidas a baixas cargas de patógenos no ambiente podem fortalecer a resistência do microbioma cutâneo a infecções futuras. Seus trabalhos publicados em periódicos como SciencePNAS e Ecology Letters, oferecem ideias para promover a resiliência ecológica em ecossistemas fragmentados. Gui também lidera iniciativas de divulgação científica, como documentários e materiais educativos, que conectam ciência e sociedade, contribuindo para a conservação da biodiversidade Brasileira.

Thaís B. Guedes

É herpetóloga e biogeógrafa. É Professora Assistente Doutora do Departamento de Biodiversidade do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP, Rio Claro), Jovem Pesquisadora FAPESP e Pesquisadora Associada do Gothenburg Global Biodiversity Center (Suécia). É autora da Lista Brasileira de Répteis. Seus principais interesses em pesquisa incluem análises métricas da biodiversidade, biogeografia, macroecologia e modelagem da distribuição das espécies, história natural, sistemática, taxonomia, biologia reprodutiva e comportamento utilizando anfíbios e répteis (principalmente serpentes) como modelos nos seus estudos. Participa ativamente da elaboração das listas vermelhas nacionais e estaduais contribuindo na implementação de políticas públicas para conservação da herpetofauna. É parte do Grupo de Assessoramento Técnico do Plano de Ação Nacional da Herpetofauna do Nordeste (GAT/PAN/ICMBio). Faz parte do corpo editorial de jornais cientificos internacionais nas áreas de Herpetologia e Biogeografia. É comprometida com a formação de jovens cientistas de todos os níveis, com a popularização da ciência e também com diversidade, equidade, inclusão e bem-estar na ciência.

Pedro Peloso

É pesquisador e fotógrafo especialista em sistemática e evolução da herpetofauna amazônica. Atualmente vinculado à California State University, nos Estados Unidos, onde desenvolve projetos voltados à documentação da diversidade e conservação de anfíbios e répteis. Além disso, é idealizador do Projeto DoTS (Documenting Threatened Species), uma iniciativa que combina ciência e arte para estudar e documentar espécies ameaçadas de extinção no Brasil, promovendo a conscientização e a preservação da biodiversidade.

UỲRA

UÝRA, 33 anos, indígena em diáspora, dois espíritos (Travesti), habitante de Manaus,
Amazonas – Brasil.
É Bióloga, Mestra em Ecologia da Amazônia, e atua como Artista Visual e Arte
educadora de comunidades tradicionais. Mora em um território industrial no meio da
Floresta, onde se transforma para viver uma Árvore que Anda, sempre criada com
elementos orgânicos. Já participou de mais de 50 exposições coletivas, nacionais e
internacionais, e apresentou 5 individuais, incluindo sua estreia no Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro, Brasil e Currier Museum of Arte (EUA). Foi destaque da
34º Bienal de São Paulo, da Bienal Manifesta! (Kosovo), da 13º Bienal de Arquitetura
de SP e da 1ª Bienal das Amazônias, além de vencedora do Prêmio EDP nas Artes –
Instituto Tomie Ohtake, do Prêmio PIPA 2022, do Prêmio SIM à Igualdade Racial 2023
e do Prêmio FOCO Arte Rio 2023. Uýra utiliza o corpo como suporte para narrar
histórias de diferentes Naturezas via fotoperformance, performance e instalações. Se
interessa pelos sistemas vivos e suas violações, e a partir da ótica da diversidade,
dissidência, do funcionamento e adaptação, (re)conta histórias naturais, de encantarias e
diásporas existentes na paisagem floresta-cidade. Suas obras compõem Acervos
nacionais, de colecionadores e de Instituições como Pinacoteca de São Paulo, Instituto
PIPA, e internacionais como Castello de Rivoli (Itália), Institute for Studies on Latin
American Art of New York (ISLAA), Currier Museum of Art e Los Angeles County
Museum of Art (EUA).